Fundamentos De Psicologia-aconselhamento Psicológico Numa Perspectiva Fenomenológica


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Fundam entos de Psicologia A C O N S E L H A M E N T O P S IC O L Ó G IC O N U M A P E R SP E C T IV A F E N O M E N O L Ó C IC A E X IS T E N C IA L UmaIntrodução CO O RDENAÇÃO H rn rirtte T ognrtti IV nh j M o u to C inm etn l.ú rU Brito T iv arv * Bitt< instável,="" que="" procura="" articular="" o="" instituído="" e="" o="" instituinte;="" conhecido="" e="" o="" desconhecido;="" os="" saberes="" psicológicos="" e="" os=""> O Nome, a Taxonomia e o Campo do Aconselhamento Psicológico 17 outras áreas, os saberes populares e o senso comum. Nessa çoes de vida socioeconômicas das populações de baixa e perspectiva, tomam corpo as práticas de atendimento e média rendas. de ensino que têm como promessa a criação de condições Nessa circunstância, mudam os dispositivos de proteção favoráveis à emergência da aprendizagem significativa,12 e exposição do serviço às demandas da clientela e muda nas quais o “especialista” se introduz como facilitador. O a clientela. A maior exposição do serviço aos pedidos de Aconselhamento Psicológico é, então, concebido como amparo da clientela tem como contrapartida a flexibili­ o campo de invenção das práticas que, na singularidade dade nos modos de responder cuja construção depende das situações, propiciem a expressão do vivido de indi­ da escuta e do diálogo empreendido com cada cliente. víduos e grupos e sua elaboração compreensiva. Deslo­ A escuta e o diálogo associam cliente e conselheiro na cando-se, constantemente, do lugar de quem tem o poder consideração atenta, respeitosa e prudente daquilo que e o controle dos processos formativos desencadeados no é vital para aquele que busca auxílio: o sofrimento e sua atendimento à clientela e no ensino, o facilitador é guiado ancoragem na história e situação de vida; os modos de pela confiança na autodeterminação e auto-regulação de enfrentamento desse sofrimento mobilizados até então indivíduos e grupos, procurando constituir a facilitação pelo cliente; as expectativas e esperanças depositadas no como uma ambiênda na qual a apropriação de percep­ cuidado psicológico. Essa interlocução é o próprio trabalho ções, idéias, sentimentos, explicações, mudanças, decisões por meio do qual o cliente pode esclarecer sua demanda e e escolhas é possível e desejável. As noções de facilitação o conselheiro situar-se em relação a ela. e de facilitador servem tanto ao contexto da ajuda psico­ As entrevistas do plantão podem ser pensadas, talvez, lógica quanto ao do ensino de Psicologia e correspondem como espaço e tempo de mediação e trânsito de identidades ao oferecimento de um tempo e um espaço nos quais a e diferenças, inclusões e exclusões, passado e presente, inte­ elaboração da experiência da clientela e dos alunos é teste­ rior e exterior, na medida em que procuram transpor a munhada e legitimada por meio da escuta e do diálogo. proteção do psicodiagnóstico e da triagem, expondo-se à O plantão psicológico, até onde se sabe uma invenção plasticidade dos encontros. dos primeiros adeptos da psicoterapia centrada no cliente Neles, as identidades profissionais dos estagiários em São Paulo, configurou-se, inicialmente, como ofere­ confrontam-se com a multiplicidade de expectativas e cimento de uma acolhida psicoterapêutica à margem dos representações da clientela sobre psicólogos, podendo dispositivos psicodiagnósticos e burocrático-administra- desalojar ambos de regiões familiares de reconhecimento tivos dos serviços e consultórios de Psicologia. Sua radi­ e estranhamento ou recusa de diferenças pessoais, sociais calização na abertura para a diversidade, pluralidade e e culturais. Diferenças de posição social, inserção em singularidade das demandas da clientela ocorreu numa “subculturas” e lugares institucionais estao implicadas nas circunstância para a qual concorreram a crítica à forma de possibilidades e limites que cada estagiário e cada inte­ at
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