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GUSTAVO BARROSO
HISTORIA SECRETA DO BRASIL VOLUME 2
l. a REEDIÇÃO 1991
Revisão Editora Ltda. Conferindo e Divulgando a História Caixa Postal 10466 90001 — Porto Alegre-RS
ÍNDICE Volume 2 XII. O Trovão de França
1
XIII. Maçons Aquém e Além Mar
13
XIV. Guatimozin à Sombra da Acácia
23
XV. O Ouro de Rothschild e a Mão do General Miranda
45
XVI. O Minotauro da América
65
XVII. A Semente do Bacharelado Judaizado
81
XVIII. O Motim dos Mercenários
87
XIX. O Imperador do Sacrifício
99
Notas
109
Capítulo XII O TROVÃO DE FRANÇA
"O trovão de França", escreveu Oliveira Martins, veio rolando e chegou a Portugal, que o tratado de Methuen, de 1703, ao raiar o século, transformara "numa fazenda, numa vinha da Grã-Bretanha (1)". A economia nacional andava desvairada, desde o tempo dos jesuítas, com os processos livre-cambistas. A vida social entrava em franca decomposição nas futilidades de peraltas e sécias, na janotice afrancesada. Livros perigosos e incendiários (2) punham em deliquescência as idéias tradicionais do país e lhe impunham o fermento de pensamentos importados (3). E o pavor do jacobino, do revolucionarismo francês, que se erguia rubro de incêndios e sangueira contra o trono e o altar, fomentava o terror policial do intendente Pina Manique, que, com as suas moscas (4), farejava o pedreiro-livre por toda a parte. Que era o "trovão de França"? Era a Grande Revolução, iniciada com a tomada simbólica da Bastilha em 1789, que assombrava a Europa e fazia a velha realeza absoluta estremecer nos seus tronos seculares. Quem assoprara o fogaréu que lavrava em Paris, iluminando o vulto sinistro da guilhotina regicida? O judaísmo revolucionário, manejando as sociedades secretas. Entre elas, no primeiro plano, a maçonaria, da qual diz o imparcial Cauzons: "O século XVIII viu aparecer uma associação destinada a gozar de enorme influência no nosso tempo, em primeiro lugar pelo número crescente de seus membros, em segundo pela habilidade de criar uma opinião Pública sobre os assuntos que ela própria escolhe e em terceiro Pela multiplicidade dos agrupamentos saídos de seu seio, dirigidos por seus membros e inspirados pelo seu espírito, tais como sindicatos, mutua'idades, associações musicais, grêmios esportivos, sociedades de tiro, clubes, círculos de antigos estudantes, etc. (5)". A famosa sociedade apareceu à luz nessa data, mas de muito longe se vinham sucedendo
1
os seus trabalhos ocultos contra a civilização cristã ocidental. Aliás, o mesmo autor reconhece que os deuses vencidos pelo cristianismo se dissimularam, "constituindo uma religião subterrânea (6)". Esta continuamente praticou os mesmos ritos condenáveis que já Tertuliano registrava (7). Todos os antigos códigos de leis puniram sempre severamente as práticas em segredo. Já Platão condenava as "capelas secretas" (8). Nos primeiros séculos do catolicismo medieval, as Capitulares de Carlos Magno proscreveram as confrarias ocultas, que denominam Diabolo Gilde, guildes ou corporações do diabo (9). Não está no plano deste livro desenvolver um estudo circunstanciado da origem, formação e desenvolvimento da franco-maçonaria, mas simplesmente mostrar a ação do judaísmo sobre ela para o desencadear da Revolução e as conseqüências desta sobre Portugal e Brasil. Eis porque nos I imitaremos a traços gerais sobre a história das sociedades secretas antes do século XVIII, destinados unicamente a facilitar a compreensão geral do assunto. A Revolução Francesa foi, inegavelmente, o resultado duma conjura maçônica, afirma de modo categórico Gustavo Bord (10). Os próprios maçons acod