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O PROCESSO RITUAL
COLEQAO
O PROCESSO RITUAL
ANTROPOLOGÍA
7
Estrutura e Antiestrutura
Orientafáo de:
ROBERTO AUGUSTO DA MATTA
Víctor W. Turner
e
Uníversldade de Chicago
Luiz DE CASTRO PARIA
Tradufáo de Nancy Campi de Castro
FICHA CATALOGRAFICA
(Preparada pelo Centro de Catalogagáo-na-fonte do Sindicato Nacional dos Editores de Limos, GB)
T853p
Turner, Víctor W. O Prooesso Ritual: estrutura e anti-estrutura; tradugáo de Nancy Campi de Castro. Petrópolis, Vozes, 1974. 245p. ilust. 21cm (Antropología, 7). Do original inglés: The ritual process. 1. Ritos e cerimónias. 2. Ritos e cerimSnias — Zambia. 3. Ndembu (tribo africana) — Aspectos antropológicos. 4. Etnología — Zambia. I. Título. II. Serie.
74-0360
CDD-301.2 301.296894 CDU-39 39(689.4)
PETRÓPOLIS EDITORA VOZES LTDA. 1974
EMESU
IV
IntroduQáo á Edigáo Brasileira
© 1969 by Víctor W. Turner First published 1969 by Aldine Publishing Company Título do original inglés:
THE RITUAL PROCESS
© 1974 da tradugáo portuguesa Editora Vozes Ltda. Rúa Frei Luís, 100 25.600 Petrópolis, RJ Brasil BIBLIOT.EC*
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DESDE SUA PUBLICADO EM 1969, O PROCESSO RITUAL TEVE QUATRO reimpressóes nos Estados Unidos e foi publicado ou está em vías de ser lanzado em italiano, francés, japonés, em edigóes británicas e esta brasileira. Estou lisonjeado pelo fato de o livro vir a público em língua portuguesa devido as substanciáis contribuicóes etnográficas e teoréticas que vém sendo dadas pelos antropólogos brasileiros no estudo dos camponeses e indios deseu país. Apesar de O Processo Ritual ter sido escrito para antropólogos, parece ter chamado a atengáo dos historiadores, psicólogos, críticos literarios, liturgos e historiadores das religióes. E" possível que sua énfase sobre a sociedade como processo vital em que episodios marcados por considerares sócio-estruturais foram seguidos de fases caracterizadas por antiestrutura social (liminaridade e "communitas") provou ser mais fácil, a esses especialistas do que a orientacáo dada pelas tradicionais escolas de Sociología que persistem em equiparar o social com o sócioestrutural., Liminaridade é a passagem entre "status" e estado cultural que foram cognoscitivamente definidos e lógicamente _articulados. Passagens liminares e "liminares" (pessoas em passagem) nao estáo aqui nem la, sao um grau intermediario. Tais fases e pessoas podem ser muito criativas em sua libertacáo dos controles estruturais, ou podem ser consideradas perigosas do f°" to , de vista da manutengáo da lei e da ordem. A "communitas é um relacionamento náo-estruturado que muitas vezes se senvolve entre ''minares. E' um relacionamento entre individuos oncretos, históricos, idiossincrásicos. Esses individuos nao estáo Amentados em func.5es e "status" mas encaram-se como seres tín an°S *°*a'S- A dinámica empregada no relacionamento con- v e trutura social e -íóda e"Str^nstitu ? antiestrutura social é a fonte de ésñec laf J '5óes e problemas culturáis. Arte, jogo, esporte, cao e experimentagáo filosófica e científica, medram nos
I interins reflexivos entre as posigóes bem definidas e os dominios das estruturas sociais e sistemas culturáis. Poder-se-ia dizer que no cálculo do socio-cultural, a "communitas" e a liminaridade representan! os zeros e os mínus sem os quais nao é possível a um grupo social computar ou avaliar sua situagáo atual ou seu porvir num futuro calculável. A dialética estrutura / antiestrutura é, na minha opiniáo, um universal cultural que