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FÍSICA Volume 05
Sumário - Física 2
Coleção Estudo
Frente A
09 10
3
Dinâmica do movimento circular Autor: Francisco Pazzini Couto
11 Trabalho, potência e rendimento Autor: Francisco Pazzini Couto
Frente B
09 10
21 Leis de Kepler Autor: Luiz Machado
29 Lei da Gravitação Universal Autor: Luiz Machado
Frente C
09 10
41 Reflexão, refração e difração Autor: Lívio Ribeiro Canto
51 Interferência de ondas Autor: Lívio Ribeiro Canto
Frente D
13
59 Cargas em movimento em campo magnético
14
69 Força magnética sobre fios
15
81 Indução eletromagnética e transformadores
Autores: Luiz Machado Lívio Ribeiro Canto Autores: Luiz Machado Lívio Ribeiro Canto Autores: Luiz Machado Lívio Ribeiro Canto
FÍSICA
MÓDULO
09 A
Dinâmica do movimento circular O estudo das aplicações das Leis de Newton nos conduz a situações em que os objetos descrevem trajetórias curvilíneas. No entanto, quando estudamos as aplicações das Leis de Newton, não analisamos as situações em que tais movimentos ocorrem, como a de satélites orbitando planetas, de um carro efetuando uma curva, de um pêndulo oscilando e de outras mais. Neste módulo, analisaremos tais situações e aprenderemos um importante conceito, o de força resultante centrípeta. Veremos que, em algumas situações, as Leis de Newton parecem não funcionar, situações essas em que os movimentos são analisados a partir de referenciais não inerciais.
FRENTE
Força resultante centrípeta A figura a seguir mostra uma partícula de massa m descrevendo uma curva de raio R com velocidade v. v v
m aC
m
FR
C
aC FR
C
FORÇA RESULTANTE Discutimos, em módulos anteriores, que o agente responsável pela mudança no vetor velocidade é a força, seja ela de qualquer natureza: peso, tensão, força normal, força de atrito, força elétrica, etc. Considere a figura a seguir, na qual uma partícula de massa m descreve uma trajetória curvilínea com velocidade v, sujeita a uma força resultante FR. v m
Como podemos observar, o vetor v muda de direção ao longo do movimento da partícula. O ritmo no qual essa mudança ocorre é medido pelo vetor aceleração; no caso analisado, o vetor aceleração centrípeta. Utilizando a 2ª Lei de Newton para a situação descrita, temos que: FR = m.a (expressão geral da 2ª Lei) FRC = m.aC (expressão particular da 2ª Lei) Sabemos que o módulo da aceleração centrípeta é dado por ac =v2/R, em que v é o módulo da velocidade da partícula, e R é o raio da curva descrita pela partícula. Utilizando esse resultado na expressão da 2ª Lei de Newton, temos:
FR
A força resultante FR pode ser decomposta em duas componentes ortogonais, uma na direção paralela à velocidade, força resultante tangencial (FRT), e a outra na direção perpendicular à velocidade, força resultante centrípeta (FRC).
FRC = m.aC ⇒ OBSERVAÇÕES 1.
A expressão anterior nos mostra que o módulo de FRC é inversamente proporcional ao valor do raio R da curva, quando m e v forem constantes. Isso significa que, quando uma curva apresentar raio pequeno, o valor da força resultante centrípeta deve ser grande. Caso o valor de R seja reduzido três vezes, e m e v permaneçam constantes, o valor de FRC deve aumentar três vezes.
2.
O módulo da FRC é proporcional ao quadrado do módulo da velocidade v do corpo, quando o raio de curvatura R e a massa m do corpo forem constantes. Isso significa que, se a força resultante centrípeta que atua sobre um corpo que descreve uma curva de raio R com velocidade v for FRC, então, para manter o corpo na curva, quando este possui uma velocidade 2v, será necessária uma força de módulo igual a 4FRC.